O ex-governador de Pernambuco e candidato à Presidência da República pelo PSB, Eduardo Campos, declarou que é a favor da união civil o entre pessoas do mesmo sexo, contra a legalização da maconha e contra a descriminalização do aborto no país. O socialista também disse que é a favor da implantação do imposto para grandes fortunas e contra a revisão da Lei da Anistia. As declarações foram dadas na manhã desta segunda-feira (11) durante uma sabatina promovida pelo portal G1.Sua candidata a vice, a ex-senadora Marina Silva, tem uma posição não muito clara sobre o tema. Ela se diz a favor da união civil, mas contra o casamento gay. “O casamento é uma instituição entre pessoas de sexos diferentes, uma instituição que foi pensada há milhares de anos para esta finalidade”, disse, em 2010, durante um debate, quando era candidata à Presidência da República pelo PV.
Já em relação à revisão da Lei da Anistia, Eduardo Campos não é um consenso dentro do seu partido. A deputada federal Luiza Erundina (PSB-SP), que foi uma das maiores incentivadoras de sua candidatura presidencial, defende a mudança da legislação. Em junho, após Eduardo declarar que não é a favor da revisão, a deputada disse que não concordava com as posições de Campos e que ele estava equivocado.
A deputada é autora de um projeto que prevê justamente a revisão da Lei de Anistia, aprovada em 1979. A proposta prevê a apuração dos crimes cometidos pelos militares durante o regime (1964-1985), principalmente os casos de tortura, que não estariam prescritos e são considerados internacionalmente como “crimes imprescritíveis”.
Polêmicas
Os quatro temas fizeram parte do “pinga-fogo”, quando os jornalistas do portal G1 submetem ao candidato temas considerados polêmicos. O candidato também afirmou que é a favor da obrigatoriedade do voto e contra a união das policias civil e militar. Eduardo Campos também disse ser contra a obrigatoriedade do ensino religioso nas escolas. Para ele, este tipo de conteúdo deve ser aprendido em igrejas e templos.